De mártir a candidato


Não sei se concordo com esta candidatura de Rafael Macedo, esta reentrada na política faz pensar se antes se movia por razões políticas pois tinha pertencido à JPP ou se, por consequência do que viveu profissionalmente, agora aproveitou-se da fama e torna-se candidato. Com certeza haverá duas interpretações, uma dos que querem o seu insucesso e outros dos que lhe querem bem.

Das experiência que temos visto, levam a acreditar que estes fogachos apagam-se, têm o seu tempo e depois esmorecem porque sendo anti-sistema, o desempenho finda quando muda. O PND era anti Jardim, desapareceu Jardim ... desapareceu o PND. O Coelho também era e agora arrasta-se na política. Quando acabar o palco ao Canha como vai ser? Extingue-se também o diferendo com Cafôfo? ... e se este ganha é uma vitória sobre Canha? O que a história parece nos dizer é que deves ter um projecto se queres durar, se dependes de alguém ou alguma razão que não dominas, quando ela se extingue acabas também.

Eu acredito que Rafael Macedo pode tornar a campanha interessante com revelações e dizendo o que mudava no serviço Regional de Saúde mas que não se esqueça que seu caso é de justiça e Justiça e há regras.

O que sim tenho certeza é que este Albuquerque só arranja problemas, incompatibiliza-se muito com as pessoas, não tem a máquina partidária de outros tempos do PSD. Fez inimigos por entre os militantes do seu partido, tem o Governo agora com cheiro a pólvora ao colocar os amigos inúteis com mega-ordenados e cada vez tem mais dispensa e acicata os bons para lhe fazerem a vida negra. O Albuquerque não ouve ou tem uns conselheiros ruins?