Congresso PSD-M visto do Sofá parte 3 de 3

Boa mão de obras para cavar bananeiras na nossa quinta pedagógica.

Publicações 1 e 2

Sobre as atuações (continuação)

Seguiu-se a Claudinha de Bruxelas, já a despedir-se do bem bom das Europas. “Não, não aceitamos camaleões socialistas”, disse ela. E engolir sapos sociais-democratas? Aceitas minha querida?

Miguel de Sousa da ala Jardinista Renovado veio ao sofá para dizer que “o partido está bem liderado, o partido está ficando mobilizado (e nós que pensavámos que já estava) como se está a ver (pena que a imagem de fundo nesse momento era a sala praticamente vazia a ouvirem o Paulo Neves), o partido é uma máquina eleitoral como se vai ver com a participação do Dr. Alberto João Jardim que se disponibilizou para, concelho a concelho (convém levar a EMIR na comitiva), ir dar o seu contributo a todas as manifestações partidárias e isso fará o PSD um partido vencedor sem dúvida nenhuma”. Depois seguiu-se um momento de pura graxa a Pedro Calado. Sobrevivência política oblige.

Seguidamente a RTP Madeira acompanhou o discurso de Paulo Neves. Não, não informou que ia pedir reembolso da viagem para vir ao congresso ou que só ia mudar a residência fiscal para Lisboa depois das próximas legislativas nacionais quando não fizer parte da lista do PSD.

Desencaliptrou-se para o sofá Agostinho Silva, o alegado diretor do JM, em registo VdD (Voz do Dono) sem dizer nada de muito interessante. Não mostrou o porta-chaves com a marca do bólide, uma falha grave neste congresso onde todos são puritos e os outros mauzitos.

Rubina Leal chegou ao sofá do Gil Rosa brilhando nas lantejoulas e afirmou, como só ela sabe no seu convencimento, que “temos provas dadas. São quarenta e tal anos a agir e a fazer pelas pessoas…” Começou cedo a senhora a agir e a fazer pelas pessoas e com provas dadas, como todos sabemos. Depois foi blablablabla para aqui e blablablabla para ali. O passado de alguns é coisa muito recente mas fica bem.

Que horror, pindérica, o que as elites têm que suportar.

Também a petulante Rafaela Fernandes não faltou no sofá, ajeitando o cabelo durante pelo menos 30 vezes, para dizer que é Miguelista desde que nasceu e blablablabla que sempre foi Miguelista e blablablabla e agora sou Miguelista e blablablabla. O Manuel António estorricou as orelhas com esta quase Bola de Berlim a que lhe lamberam o creme, tão Manuel António desde sempre como de Albuquerque. Revelou-se uma especialista em desmontagens já que os congressistas estavam ali “para desmontar falsos príncipes encantados que se montam muitas vezes nas redes sociais como sendo D. Sebastião e não há D. Sebastião". Pois não, dizemos nós, há um Paulo que vos vai dá água pelos cabelos. Falou com propriedade. Só quem domina assuntos de montagens e desmontagens de príncipes encantados fala assim. E por ela ficámos a saber que “Graças a Deus que nós não estamos no patamar da instabilidade". E a gente a pensar que a estabilidade na Madeira se devia ao PSD, ao Dr. Miguel Albuquerque e ao Pedro Calado e não a Deus durante estes 64 meses (só faltam 5 para os 69 ó Rafaela). Obrigado Rafaela por nos dizeres que “não está nos teus horizontes voltar ao parlamento”. Muito obrigado por nos poupares a isso. Só não percebi como é que é essa de “estar na estrutura governativa” e afinal continuares a presidires as assembleias gerais de associações privadas. Mui em conta deve a justiça levar ...

Ao sofá veio também Rubina Berardo para falar do aeroporto e dos atrasos no aeroporto no seu jeito de boneca de porcelana ou tipo Heidi dos desenhos animados ou, segundo outros, tipo Nicole Kidman no seu ar mais fatal e perverso. Especialista como é em aeroportos afirmou que a solução é “escoar os engarrafamentos de slots através de voos noturnos a partir de Lisboa e Porto”. Creio que a estática do cabelo provém das asneiras, elas esfregam-se de tal maneira que fica eriçada, esta cubanita que vem de férias à Madeira mas também não resolveu o subsídio das viagens ... o chorudo dos deputados. Heresia! Paulino seu comuna sério. Vamos lutar contra socialistas e comunistas.

Heil

Antes do convidado seguinte no sofá a RTP Madeira deu-nos uns momentos com o sem pescoço da JSD, o carismático Bruno Melim, que como se sabe terá garantida a eleição de deputado regional, por via da inerência. A sua moção refletia exatamente o que quer. “Liderar para ti”, isto é liderar para arranjar uns tachinhos e uns lugarzinhos na função pública. Está no bom caminho do Jardinismo e do Miguelismo ao usar, tal como eles, a palavra “tipos” quando se refere aos outros. Vais longe vais Bruno, junta-te ao barril do Porto Santo e teremos os respectivos do tamanho certo para vos aturar.

Rui Marques, o ex-edil da Ponta do Sol, que segundo o Miguel Albuquerque de 2014 não teria lugar como derrotado apresentou-se agora na qualidade de derrotado reciclado. Eu não sei onde lhe foram para receber a recertificação para o serviço. Está mais gorducho de cara e quanto ao que disse, enfim… disse coisas.

Pedro Coelho, veio ao sofá e não falou da “dialética incabada”, mas, um tanto belicoso, afirmou que “os autarcas são o braço armado do partido, não é de hoje, é desde 76”. Agora temos o PSD e o PSD-BAR (Braço Armado da Região) cuja arma deve ser a poncha. Pedro Coelho deixou-nos algo confusos ao afirmar que “hoje temos três câmaras municipais”. Espera lá, três? Então o Miguel Albuquerque não diz que ganharam 4 câmaras? Entendam-se faz favor (a propósito, não vislumbrámos no congresso o autarca-modelo de S. Vicente).

Cabecinha de Pénis, encarregado da secção porno do PSD, que dizem ser da mamadeira.

Quem não podia faltar nesta transmissão era o José Prada, apanhado no palanque a ler o discurso de novo Secretário-geral. “Deus me dê discernimento e competência”. É verdadeiramente honesto este homem. Escolhido para Secretário-geral sem saber das coisas (discernimento) e sem ter capacidade para o cargo (competência), apelando por isso a Deus que lhe confira esses poderes. Aquelas campanhas de vadio vão acabar, só se o Rui Coelho do Jaiminho te aliviar. E prosseguiu dizendo que “força e vontade não me falta” (se calhar por isso usava uma gravata da cor do viagra para lhe dar a respetiva força). “Saio da minha zona de conforto”, disse também. Não te preocupes que o PSD sempre teve gente para dar conforto aos seus indefetíveis. Mas José Prada revelou-se e deixou muita gente preocupada ao dizer que “estou motivado para ouvir, resolver e lutar”, até aqui tudo bem, “mas também para denunciar”, e é aqui que a lagartixa torce o rabo. Com que então para denunciar? Pois, pois, deve ser para isto que AJJ deu a dica para a criação de um gabinete especializado no mundo digital. Tenham cuidado militantes com o que fazem e dizem. Moderação nesse Facebook a partir de agora. Só agora vão começar ... não é verdade. Inovador.

Quem também veio ao sofá do Gil foi Emanuel Silva, jornalista desse mass media chamado Funchal Noticias, que com o seu ar de padre fez um balanço ligeiro desse congresso e achou que com AJJ o partido deve regressar às saídas das missas. Com 3 eleições vai ser parto para todo o ano e para haver parto é preciso copular.

E às 18H55, 3 horas e 55 minutos depois de ter aparecido no ecrã o Gil Rosa deu por finda a transmissão deste congresso onde nem sequer uma moçãozinha sobre a canábis para uso recreativo houve e ficámos a saber que os congressistas laranjas valem ouro comparativamente com outras pessoas mais baratas. Palpita-me que a pirâmide agora é ouro. Não houve palestrante que não falasse nas Caras e Caros companheiros. Pois é, já sabíamos que não há gente barata no PSD. Está tudo rico. Mais umas horitas e passam todos a FDP.

Encerro aqui esta preleção sobre o Congresso do PSD-M porque hoje, Domingo, foi só folclore no adro. Créditos das fotos: o assalariado da Quinta para o Governo e JM.