Tabaco no estabelecimento Vila Mar


Enviado por Denúncia Anónima
Quinta-feira, 17 de Janeiro de 2019 17:34
Texto e título do autor. Ilustração CM.

O desnorte neste Governo Regional é demais e há que dar um basta!

Como podemos aceitar que se ofereça tabaco em troca de “bom comportamento” no estabelecimento público Vila Mar que tem como objetivo proteger as crianças e jovens em risco e orientá-las para se tornarem adultos responsáveis e independentes?

Retiram-se estas crianças e jovens das suas famílias problemáticas e vulneráveis para deixá-las a cargo de uma instituição que os tornam vulneráveis a vícios?

Mas que gestão é esta efetuada pela dr.ª Paula Mesquita e dr.ª Cláudia Carvalho, ambas psicólogas, que promovem a distribuição de cigarros pelas crianças e jovens atualmente com idades compreendidas entre os 14 e os 21 anos, como prémio do seu “bom comportamento”? Mas que “bom comportamento” é este?

Como podem 2 psicólogas defenderem este tipo de orientação numa instituição que deverá promover a educação, as boas práticas de vida saudável e a independência destes jovens na vida adulta? Tiraram o curso onde? Por correspondência?

Chega-se ao cúmulo da Ordem dos Psicólogos ter atribuído a 13 de junho de 2018 ao Estabelecimento Vila Mar o primeiro prémio de local de trabalho saudável, na categoria de Pequenas e Microempresas, tendo o bastonário salientado as “boas práticas” nos locais de trabalho, que levam a uma “prevenção dos riscos psicossociais, como o stress e burnout”.Mas quer-se levar estes miúdos ao “êxtase do relaxamento”? Já? Caminha-se para novas “experiências” lunares?

O cúmulo da incompetência e da liderança de fachada leva a que inclusive a dr.ª Claúdia Carvalho mande comprar tabaco para ser dado aos menores e ameace os trabalhadores do Vila Mar para compactuarem com estas práticas de distribuição de cigarros pelos jovens.

Os cigarros são fornecidos aos educandos, existindo em cada residência caixas com cigarros individuais com os nomes dos educandos, sendo exigido aos técnicos que estejam presente enquanto estas crianças e jovens fumam.

O desnorte na educação destes jovens é de tal ordem que é permitido às crianças e jovens ameaçarem diariamente os trabalhadores do Vila Mar ofendendo-os e, por vezes, agredindo-os fisicamente sem qualquer apoio da instituição que ainda os culpa por não satisfazerem as vontades dos “meninos”.

Existem regras escritas que não são cumpridas e apenas embelezam o placard. Procura-se apenas receber prémios, procurando vender-se a imagem de que a instituição funciona. Quer-se apenas dar nas vistas e toda esta instituição é uma grande mentira.

Aliás esta instituição deveria ser alvo de investigação criminal pois a ela aplica-se a Lei 63/2017, de 3 de Agosto, na qual se proíbe a venda de tabaco a menores e a Lei 37/2007, de 14 de Agosto, na qual se proíbe no artigo 4.º fumar em determinados locais, designadamente no n.º 1, alínea f) “Nos locais destinados a menores de 18 anos, nomeadamente infantários, creches e outros estabelecimentos de assistência infantil, lares de infância e juventude, centros de ocupação de tempos livres, colónias e campos de férias, parques infantis, e demais estabelecimentos similares;”.

A educação destes jovens está seriamente comprometida, não havendo respeito por qualquer regra ou limite sendo permitido a estes jovens entrarem e saírem a qualquer hora, e só regressando após exigirem compras de computadores pessoais, telemóveis top de gama e outros “prémios” deste calibre. Tudo pago pelo erário público.

A qualquer jovem, de qualquer idade (inclusive de 14 anos), é-lhes permitido fazerem saídas noturnas e a pernoitarem nas casas dos respetivos(as) namorados(as).

São inclusive promovidos lanches e jantares românticos, pagos com o dinheiro da instituição, acompanhados por um técnico como forma de apaziguar zangas.

Ao trabalhador que se manifestar contra estas práticas é acusado de ser conflituoso e de não saber lidar com os jovens.

E assim se educa, se gasta o dinheiro público e se governa nesta ilha. Até quando a impunidade?