O tamanho da Administração Regional


Albuquerque na sua ânsia de continuar a fazer o que tem feito (não me é possível explicitar melhor, devido ao risco de uma eventual não-publicação), está a aumentar imenso a Administração Pública Regional. Uma vez que as tarefas do Governo Regional são as mesmas que o anterior, as duas únicas razões para esse crescimento são:
  1. Pagar favores políticos;
  2. Ter apoiantes. Uma vez que “águas passadas não movem moinhos”, a razão da aquisição desta gordura é a segunda. Ainda para mais, Albuquerque publicamente insiste em arranjar novos militantes para o PSD-M … tal como eu, não deve gostar dos atuais!
Vejamos o que Maquiavel diz sobre a atribuição de tachos (liberalidade):
Portanto, ao descontentar a maioria e favorecer uns poucos com sua liberalidade, o soberano sentirá o golpe na primeira adversidade e vacilará ao primeiro perigo; e, caso se aperceba da situação e queira recuar, incorrerá imediatamente na infâmia do miserável.”
E, se alguém me disser que César ascendeu ao império valendo-se da liberalidade e que muitos outros, por terem sido ou serem considerados liberais, chegaram a postos elevadíssimos, respondo que príncipe se nasce ou se busca ser. No primeiro caso, a liberalidade é prejudicial. No segundo, é de fato necessário ser e ser tido por liberal, e César era um dos que queriam ascender ao principado de Roma; porém, se depois de tê-lo alcançado e mantido ele não houvesse reduzido seus gastos, teria destruído seu império.”
De resto, um príncipe nunca poderá estar seguro se tiver contra si a inimizade dos homens do povo, que são muitos; mas pode estar seguro se tiver contra si os poderosos, por serem poucos. O pior que um príncipe pode esperar de um povo inimigo é ser abandonado por ele; por outro lado, deve não só temer o abandono por parte dos poderosos hostis, mas também ser atacado por eles — os quais, sendo mais previdentes e astuciosos, sempre agem a tempo de salvaguardar-se e buscam agradar a quem esperam que vença. Por fim, um príncipe está obrigado a viver sempre com o mesmo povo, mas pode muito bem prescindir dos poderosos, podendo fazê-los e desfazê-los de um dia para o outro e conferir-lhes reputação a seu bel-prazer.” [Será que os poderosos já estão a precaver-se para a queda do PSD-M? Parece-me que sim.]
Portanto, em tempos incertos, ele sempre terá dificuldade de encontrar gente de confiança; de modo que o príncipe não pode basear-se naquilo que vê em tempos de paz, quando os cidadãos têm necessidade do Estado, pois nessa época todos acorrem, todos prometem, e cada um se dispõe a morrer por ele, já que a morte está longe; porém, nos períodos adversos, quando o Estado necessita dos cidadãos, então poucos se apresentam.”
Conclusão. Albuquerque faz o contrário do aconselhado por Maquiavel.

Enviado por Denúncia Anónima 
Quarta-feira, 27 de Novembro de 2019 10:32
Texto e título enviados pelo Autor. Ilustração CM