Sete perguntas para perceber o assistente virtual do Google


O jornalista da SIC Lourenço Medeiros explica, em sete perguntas e respostas, como funciona e para que serve o novo assistente virtual da Google, que concorre com o Siri ou o Alexa, e é o primeiro ter disponível o português de Portugal
1 O que é o Assistente Virtual da Google?
Um interface capaz de interagir com programas, de entender o que lhe dizemos e em alguns casos até de ler gestos. A busca simples do Google pode perguntar pelo estado do tempo, o assistente vai muito mais longe em pequenas ações como o relatório matinal com o estado do tempo, do trânsito para o trabalho, da nossa agenda e ainda diz uma piada de incentivo para começar o dia, se lhe apetecer. Com as devidas ligações pode ligar luzes e eletrodomésticos, comandar o Netflix e a TV, o aspirador robótico, todos os dias há novas funções. Os grandes concorrentes são o Siri da Apple e o Alexa da Amazon, nenhum deles com versão nacional.
2 Já posso usar?



Sim, e em português de Portugal é o primeiro. A busca simples já aceitava a nossa voz mas só respondia por escrito. O Assistente da Google funciona em cerca de 25 línguas. Desde 14 de novembro às 9h00 que a Google considera que está oficialmente lançada a versão nacional. Se tem um telefone Android é quase certo que já o possa usar. Se tem um iPhone pode ir à loja de aplicações mas nunca será tão prático como o Siri em inglês.
3 Para que me serve?
No dia a dia, para muitas pequenas tarefas em mãos livres. Podemos finalmente pedir para fazer uma chamada para a Alexandra ou para escrever um Whatsapp ao Ricardo sem grandes riscos de trocar os nomes. Dizer a que horas queremos acordar amanhã, ou navegar para um determinado restaurante torna-se natural como falar, em português de Portugal. Na prática, estamos já a treinar o futuro da nossa comunicação com as máquinas com voz e gestos.
4 Como faço para usar?
O mais fácil é ter um telefone Android, e com o sistema minimamente atualizado e a funcionar em português. Na barra da navegação verá em vez do habitual microfone um ícone com vários círculos de cor. Pressionando com alguma insistência o botão central, seja real ou no ecrã, conforme os modelos, aparece-lhe o solicitado assistente a perguntar o que pode fazer por si. Depois é só começar a falar com ele. O próprio sistema vai dar sugestões do que pode fazer e perguntar se as respostas correspondem ao que esperava.
5 O assistente é inteligente?
Usa inteligência artificial. Quanto mais o usarmos melhor entenderá os portugueses e a sua pronúncia, as nuances da língua, até o contexto de determinadas expressões idiomáticas. É como uma criança a aprender. Para já, tem que lhe dar um desconto, daqui a uns tempos está melhor de certeza. Mas não se preocupe demais não é consciente de si próprio.
6 Ele está a ouvir?
Sim e não. Só ouve quando lhe diz “Ok Google” ou “Ei Google”, ou se o solicitar carregando no botão. É possível um disparo acidental. Se isso acontecer verá no ecrã e pode dar ordem para apagar.
7 O que falta?



A Google ainda não colocou o sistema em todas as suas colunas e ecrãs inteligentes. Não podemos andar pela casa a falar com o assistente a pedir música e anedotas, a fazer videochamadas da sala para a cozinha, usando a nossa língua. O assistente faz parte de um ecossistema e, para já, só nos chega na sua versão mobile. É de esperar que o resto não demore.
17.11.2019 às 18h20