Uma chapadinha de realidade


Enviado por Denúncia Anónima
Quinta-feira, 6 de Junho de 2019 21:39
Texto e título enviados pelo autor. Ilustração CM

Ora Viva! Trago-vos uma questão, especial para estes tempos de (pós)europeias. Seria: "O que acha que vale mais: a Constituição da República Portuguesa ou o Tratado de Lisboa?" A maioria pensará, eventualmente, que é a Constituição. Na verdade, é o Tratado de Lisboa. Ou seja, qualquer "lei" da União Europeia vale mais do que qualquer "lei" da República. E os "trabalhos" que qualquer deputado da A.R. tem para eventualmente "barrar" uma lei da U.E. São tão hercúleos, exigentes e com tão pouco tempo que, na prática, é quase impossível. Isto para não falar dos tecnocratas não-eleitos, especialistas em colocar obstáculos na engrenagem, falseando e retorcendo tudo, ao longo do processo de tomada de decisão, fazendo com que o Parlamento decida: "é branco!" e, indicados pela Comissão, saia "cinza escuro". E isto não é legítimo nem democrático. Até porque nem foi referendado.

Foi realizada, propositadamente, em 2005 uma revisão extraordinária da Constituição só para um único artigo: art. 295.º - para que não existissem dúvidas sobre a possibilidade de convocação e efectivação de referendo em relação a um tratado como o de Lisboa. Recorde-se que o procedimento para uma revisão extraordinária é dos mais, senão o mais exigente da República, em matéria de maioria qualificada para aprovação, com exigência de 4/5 (80%) - art. 284.º, n.º 2. Em todos os sítios onde o mesmo foi referendado, foi rejeitado pela população. Arranjaram sempre forma de aprovação, quer através de sucessivos referendos, vencendo pela exaustão, quer através dos Parlamentos. Porque será? Até porque já se borrifam cada vez mais para a A.R., sabem que o centro de decisão é na U.E.. 

Em boa verdade, mais uma vez, os partidos de esquerda sempre alertaram para esta situação. Não tiveram outro remédio senão adaptar-se a esta tempestade, procurando fazer algo de útil e justo no meio desta selvajaria, em que um dos maiores criminosos fiscais da Europa é Jean-Claude Juncker, presidente da Comissão Europeia - mais uma vez, NINGUÉM O ELEGEU! Pior ainda é o seu braço direito, Martin Selmayr, que provoca suicídios (Laura Pignataro), juntamente com os partidos de sempre (PS e PSD) - o CDS-PP é o partido "palhaço" do regime, violando a Laicidade da República Portuguesa (qualquer dia, teremos que aceitar partidos de ideologia democrato-islâmica, seja lá o que isso for...).

Sem legitimidade, não há identidade nem respectiva identificação do Povo com qualquer modelo. Daí à falta de integração e à erosão permanente dos pilares que consistem o seu robustecimento, é um passo. Ainda por cima, com os perigos do Eurasianismo, que consigo traz o neo-fascismo e o misticismo, que estão aí à porta. Qualquer dia não teremos Reserva da Intimidade da Vida Privada (veja-se o sistema de controlo social na China), viveremos numa factual ditadura encapotada (muito mais maliciosa, ainda, que a actual - veja-se o Governo de extrema-direita da Áustria, que negoceia contratos e apoios públicos em troca de "propaganda" através de órgãos de comunicação social, com russos) e caso alguém tenha um problema de Saúde e/ou Doença, em vez de ir ao Centro de Saúde vai à IURD, das maiores centrais de crime internacional económico-financeiro. O Brasil e América para isso caminham, cada um à sua maneira, com actos ilegítimos e anti-democráticos, através da tecnologia, para escolha de Trampas e Solnorabo. E nem mies!, senão vem aí Napoleão-Macron, com o seu exército armado até aos dentes, especialista em ferir e matar civis indefesos, com experiência constantemente adquirida há meses.

Pois, a única coisa que nos deixam fazer é votar para o Parlamento Europeu e aproveitar o Sol, com um nível de radiação nunca antes vista, 'cause the show must go on!" "O neo-liberalismo é uma corrente filosófica que deve ser contida o quanto antes, nem que seja a tiro.