Os profissionais de Saúde portugueses são altamente desejados no Reino Unido e noutros países, são valorizados pela formação obtida (que se destaca em relação aos de UK) e da nossa capacidade quando comparada com a deles. Trabalhamos com gosto. Significa que os profissionais são bons "se calhar" o que está errado é falta a gestão da Saúde Pública na Madeira mas não só. Essa gente só é respeitada porque nunca se sabe quando precisaremos de meter a célebre cunha para que algo funcione.
Deve-se ter gente que perceba da área e não só de gestão a "governar". Ser mero gestor numa área que requer humanidade é mandatar o Boris Johnson para deixar o Reino Unido na União Europeia. Os gestores trabalham tanto para o sucesso da privada como muitos médicos. É por isso que se coloca gente que nem sabe que são dinamite na Saúde Pública.
O Governo Regional na pré e na campanha eleitoral passou os dias aos beberetes com várias áreas da Saúde na Quinta Vigia. Para pacificar e tentar corrigir erros por necessidade eleitoral. Isto já é passado mas logo a seguir, pensando numa vantagem eleitoral, o GR atribui um suplemento remuneratório, no valor de 40 euros, aos assistentes operacionais da Saúde com 10 ou mais anos de antiguidade. É pago mensalmente, 12 vezes ao ano e ficou estipulado que era a partir de 1 de Outubro. Há vários esquemas nisto, para já, o partir de 1 de outubro foi uma grande anedota mas bastava o anuncio para fins eleitoralistas. Como é um suplemento a qualquer hora tiram. Depois, os mais antigos já têm diferença salarial em relação aos mais novos mas agora ganham o estatuto que são os que trabalham. Foi assim para comprar votos e não para gerir bem a Saúde. Semeou-se problemas.
Depois veio o episódio da "Ritinha" que tem que ser metida à força na Saúde para ganhar bem sem perceber nada. Antes veio a senhora ARAE para o SESARAM mas não mandou fechar o hospital por falta de condições de higiene e anda aí com as sua manias a criar um pandemónio.
Todos precisamos de ser aumentados mas, os 700 euros aos médicos é para comprá-los e não para reconhecer ou resolver nada. Vão receber mais dinheiro e tudo continuará na mesma. A assiduidade e presença vão continuar iguais, com fugas para a privada na hora de serviço e não sendo leais ao serviço público pois vão encaminhar para a privada, como já lemos no DN. Depois tem isto, se o GR não se dá ao respeito, não é credível, vê-se que é fraco porque quer comprar as pessoas e ainda mete os seus tachistas numa área como a Saúde, alguém quer andar com a Madeira no currículo tendo a fama que tem? Isto prende-se pessoas sendo desejado não comprando. Isto não é dar foguetes que aparecem 13 navios, isto é Saúde Pública e Humanidade.
Quem aguenta o desgoverno na Saúde são os enfermeiros e os auxiliares, os que estão em permanência a dar a cara aos enfermos, alguns médicos decentes também, com as suas visitas, há bom e mau em tudo. Achar que 700 euros resolve alguma coisa está bem mal pensado, o sistema vai continuar igual e só lhes aumentaram os rendimentos mas, também o mau ambiente na Saúde porque assim se vê o que realmente pensam sobre todos. Repete-se a história dos 40€ mostrando o que pensam.
Já existe o aumento do mal estar no seio dos enfermeiros e de outros técnicos e assistentes operacionais, porque a senhora ARAE só reúne e escuta os médicos, o resto está colocado de parte. Consta que quando avançarem com os projectos como o internamento domiciliário vão precisar dos enfermeiros e auxiliares ... e estes não foram tidos nem achados.
A Saúde está mal pela gestão feita por tachistas e incompetentes que a política emprega. Começa a acontecer o colapso da idoneidade das mulheres na política, são iguais aos homens, salvo no corpo. Vamos tendo a incompetência por ser do partido, temos a dupla Cabaço e Lígia mas também a dupla Rita e Rafaela. Isto é tudo igual e precisamos é de líderes bem formados para saberem escolher e dar o exemplo sem beberetes.
Tudo isto é uma VERGONHA e eu nem sou do CHEGA.
Segunda-feira, 30 de Dezembro de 2019 11:47
Texto e título enviados pelo autor. Ilustrações CM.