Clap, clap, clap, espero um dia ver isto na Madeira !


Ninguém é tonto, uns podem levar mais tempo a alcançar ou tomar conhecimento, uns querem mesmo participar e outros não se vergam mas todos na Madeira sabem, têm suspeições e juntam A a B. Quem rouba faz como o Correio da Madeira, é pela calada (não se ofendam aí do CM, eu gosto de ver o anonimato a rebentar com a impunidade, o CM é o resultado do abuso dos governantes). 

Os jornais devem estar a coberto do oficial e da prova mas podem ter comentadores, o problema é que se mijam foram do caquinho lá está a tal PIDE do PSD a usar a Justiça para fazer calar e intimidar, mais do que se defender. Ficam eriçados mas é puro teatro, sabem os mandriões que são.

A senhora em causa na notícia vinha para Portugal lavar dinheiro, comprava tudo. Na Madeira há uns parecidos, com dinheiro fêmea e o poder a trabalhar para eles. Com o CINM amarrado curto, bastava a justiça sair da inércia para darmos a volta a isto. Espero um dia ver um Governo que vá buscar como o angolano o que é da região para pagar dívidas e repor alguma justiça na distribuição da riqueza. Os madeirenses a pagar tudo não são diferentes dos angolanos ...


Observatório da Comunicação Social
Jornal Expresso Online
Gustavo Costa correspondente em Luanda
31-12-2019 00:04


A noite em que o império de Isabel dos Santos foi atingido por um abalo sísmico

Governo garante que os serviços prestados por diversas empresas agora controladas pelo Estado estarão assegurados pelas administrações e promete estar atento aos incumpridores

Choque, surpresa e alívio. Foi neste estado de espírito que Angola assistiu, na noite desta segunda-feira, à eclosão de um abalo sísmico sobre o império empresarial de Isabel dos Santos e do marido, Sindika Dokolo, que viram, de uma assentada, serem-lhes arrestados todos os seus bens parqueados em território angolano.
A providência cautelar decretada pelo Tribunal Provincial de Luanda acabou por ter o efeito de uma bomba-relógio que apanhou de surpresa a maioria da população. Em estado de choque, nas hostes afectas ao império de Isabel dos Santos, assistiu-se mesmo a uma longa noite de insónias.
Vista com reservas nalguns meios, a revelação das medidas adoptadas pelo poder judicial foi, em contrapartida, saudada por muita gente agastada com os últimos anos de governação de José Eduardo dos Santos. “O homem já sem ter nenhum controlo sobre ninguém, parecia uma criança telecomandada pelos filhos”, lamenta um antigo colaborador presidencial, que pediu anonimato.
Mal terminou a leitura do comunicado oficial na Televisão Pública de Angola e na Rádio Nacional de Angola, as redes sociais ficaram inundadas com a sua reprodução e com a divulgação de diversas reações a favor e contra a decisão do tribunal. Atentas aos problemas do dia a dia, várias pessoas manifestaram inquietação relativamente ao futuro funcionamento da rede de supermercados Candando e da plataforma de televisão por satélite ZAP.
Tanto a rede de estabelecimentos comerciais como a operadora de televisão, entre outros serviços, fazem parte do vasto portfólio de negócios detidos em Angola por Isabel dos Santos. “Tenho receio que, a partir de agora, deixemos de poder fazer compras normalmente no Candando ou que o serviço da TV Cabo vá abaixo”, dizia Celmira Barbosa, professora primária.

GOVERNO ASSEGURA FUNCIONAMENTO DOS SERVIÇOS


Para tranquilizar os utentes destes e de outros serviços, as autoridades angolanas garantem o seu normal funcionamento por via dos seus atuais conselhos de administração. “São os nossos fiéis depositários e sem quaisquer sobressaltos, mesmo estando as empresas transitoriamente sob a alçada do Estado, continuarão a ser eles a exercer as funções de gestores”, disse ao Expresso uma fonte governamental.
Já relativamente aos bancos, o Ministério Público conferiu poderes ao Banco Nacional de Angola para exercer a função de supervisão especial sobre o BFA e o BIC, as duas instituições bancárias com as quais Isabel dos Santos, detentora de participações significativas, é suspeita de ter feito operações cambiais irregulares em beneficio próprio.
Com uma oferta de serviços que já conquistou vastos segmentos da população, as autoridades tiveram o cuidado de acautelar o estatuto dos trabalhadores portugueses expatriados que asseguram o funcionamento de alguns postos chave. “Seria uma hecatombe se não tivéssemos isso em conta”, reconhece fonte do Ministério do Comércio. Mas, atento as eventuais atos de sabotagem, o Ministério Público, segundo apurou o Expresso, não terá contemplações em “desencadear processos-crime contra as administrações incumpridoras” das decisões do Estado.
Em círculos próximos do poder, esta decisão, que vinha sendo preparada há bastante tempo, está a ser vista como o resultado natural de um conflito que não pode continuar a potenciar as tensões sociais no país. Após sucessivas e contundentes trocas de acusações, competirá agora aos tribunais decidir o desfecho de uma guerra que, no plano judicial, só agora vai começar.
Enviado por Denúncia Anónima 
Terça-feira, 31 de Dezembro de 2019 02:03
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