A crise dá-nos o momento para mudar


Ontem festejamos o 25 de abril e daqui a poucos dias o 1º de maio, oficialmente ninguém deixa passar as datas em branco, se bem que alguns odeiam algumas datas e encontram sempre forma de boicotar, ano após ano, mas dentro das suas próprias fileiras há quem se aproveite porque fica bem. É um dragão com duas cabeças antagónicas, a família que dispersa os elementos por todos os partidos, etc. Espertezas.

As datas sinalizadas como feriados, sejam do Estado ou da Igreja, são referências sobre momentos que existiram e em que depositamos a confiança de que iriam melhorar a condição de vida. Numa pequena percentagem reconheço que foram eficazes, o 25 de abril trouxe a Liberdade.

O problema é que tanto a Liberdade como a Autonomia e outros, só existem na plenitude se tivermos dinheiro na algibeira. Tenho assistido a alguns que até podem usar a liberdade para mentir e assim ganhar posição na política, no governo, no mundo empresarial, etc, o que significa que encontraram um atalho na liberdade para, de forma desleal, serem bem sucedidos. O problema é que não se satisfazem com a sua quanta parte e querem a de todos, o que contraria a liberdade de abril e o que está à luz da Constituição ... que pede bem estar para todos. Fundam um regime que adultera a Constituição e o simbolismo de cada feriado.

Estamos num momento em que vemos que a liberdade cada vez mais implica dinheiro. Quem mais sabe disso do que as famílias sempre contidas?! Se tu não tiveres dinheiro não te podes valer porque tudo se compra. A Autonomia não vale nada na situação de falida a pedir esmola para poder agir. Alguns estão irritados e nervosos, a sua política tornou-os impotentes quando são sempre arrogantes. 

A República, de crise em crise, nunca deita a cabeça fora de água para não andar sempre num jogo de parecer que está bem mas nenhum português o sente. Estica a corda na Europa e eles fazem como a República faz à Madeira, de tanto insistir no mesmo jogo ficou desacreditada a falar só.

A par de sabermos estas coisas, existe em nós um regionalismo ou nacionalismo que ataca quem tenta abrir os olhos sobre algo ou alguns, e abençoamos os que vivem num bem estar que compreende muitos pobres dependentes, com medo e a zelar pela caridade, logo que alguém ataque de fora. Os manipuladores usam os mensageiros para unir as desavenças e o povo vota nos seus piores inimigos. Atacam mensageiros da boa nova, da luz, da sinceridade e a verdade. Por isso não progredimos e disto não saímos. Mais cultura e comparação é absolutamente necessária para ver o desenvolvimento que passa ao lado.

Estamos calejados de crises, uma atrás da outra, algumas por péssima gestão, outras pela corrupção e a próxima sem culpa nenhuma mas, o que se sabe, é que se em momentos anteriores tivéssemos eliminado a corrupção teríamos vivido melhores momentos e estaríamos melhor preparados para a próxima crise. Manter era bom com boas políticas, assim, com certeza absoluta vamos voltar a regredir.

Parece que ofende dizer que estamos todos enganados à volta do que nos unimos, os que falharam, os ardilosos que nos "matam". Todos os seus sucessos caíram em poucas semanas porque eram, e são, fictícios mas como sempre, há sempre justificações plausíveis.

Vamos parar e pensar, quando estamos em meio termo na vida temos sempre medo de mudar porque vamos perder algo e o passo para trocar tudo é um tiro no escuro. Costumam dizer que quem tudo perde nada teme, estamos num momento desses, batemos no fundo e é uma excelente oportunidade para mudar o que está mal e nunca tivemos coragem para o fazer. É agora e com cada um consciente.

Há outros vírus silenciosos que nos matam, dia-a-dia. Da janela, confinados, vemos os "vírus" em alegre vida.

Enviado por Denúncia Anónima
Domingo, 26 de Abril 2020 10:06
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