O Perigo


A maior parte dos perigos conhecidos são evitáveis. Os desconhecidos só por mero acaso podem ser evitados. Não nos podemos precaver contra situações aparentemente inexistentes.

Esta conversa vem no âmbito dos números do Covid-19 publicados pelo Governo Regional. Para quem não está infectado, os números não são maus.

No meio desta crise de informação e desinformação, por várias vezes vi que "50% dos infectados não desenvolvem sintomas mas são vectores de contágio". A princípio desconfiei, até ver que a Euronews é a fonte dessa informação.


Outra situação, a xenofobia numa terra pequena. E, se os infectados que desenvolvem alguns sintomas leves não vão ao hospital (para defender suas relações sociais, seu emprego, não ter o estigma de infectado, ...)?

Nem sequer falo dos que têm medo de hospitais.

Nestas duas situações a crise epidemiológica está descontrolada e é extremamente perigosa. Quando as medidas restritivas abrandarem (quer por decisão governamental quer pela população se fartar das medidas e começar a desrespeitá-las) haverá uma explosão de infectados. Nessa situação, o SESARAM não terá condições de a todos medicar.

Comparo este perigo de explosão a um incêndio numa sala fechada. O incêndio começa e não é detectado. Continua a entrar algum ar na sala que o alimenta, a temperatura vai subindo, e o combustível volatiliza. No momento em que alguém abrir a porta, com a entrada de ar, o incêndio cresce imenso, ficando completamente descontrolado.

Enviado por Denúncia Anónima
Domingo, 12 de Abril 2020 12:00
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