Obra da morte num brinde de tasca

Covid: as excessões ainda nos matam

Hoje o Diário traz as excessões ao confinamento, muitas delas li aqui previamente no CM, parece que as denúncias anónimas estão um passo à frente porque, mais olhos a ver e em liberdade, as situações são visadas com mais frequência.

Ou nós contivemos o vírus, ajudados pelo confinamento da ilha, e agora podemos conviver todos numa ignorância sem testes e estamos a usufruir da pura sorte do destino (sem um método científico apurado), ou então este povo com manias de superior, ao não acatar com as regras, vai fazer eclodir daqui por uns dias um surto de Covid-19. Espero sinceramente que a sorte nos acompanhe mas temo que não com este vírus traiçoeiro, ainda ninguém sabe o tempo certo de incubação nem porque há recaídas.

As obras já nos matam financeiramente e chegarão à saúde. Nesta pandemia percebemos quão longe podem ir as máfias e as necessidades de ter obras para o próximo ato eleitoral. O que se vê hoje nas páginas do Diário é que é impossível manter as regras nas obras pelo trabalho executado e pela natureza e formação das pessoas. A máscara é mal usada e manuseada, incomoda, a sujidade impregna-se num instante, enfim, isto está tudo errado, para não falar do baixar a guarda conforme as horas passam em relação a distâncias, até porque a trabalhar nem sempre é possível.

As fugas da cerca por becos, portas, travessas, poios, barrancos, etc, é outro foco. As tascas acham-se "farmácias". Os números podem ir bem nas estatísticas mas como já disse, anda-se a semear. Oxalá que tudo isto não seja como os episódios daqueles principiantes dos jogos de cartas que, por sorte, lhes chega bom jogo às mãos durante o ensino e ganham aos que dizem como se joga, os chamados "melrinhos" que envergonham os que tem mais sabedoria. Brindemos na tasca!

Dizem que esta vida é dos espertos, dos que obtém sucesso fugindo às regras, eu nesta oportunidade, queria elogiar todos aqueles que são ANÓNIMOS e estão em casa a respeitar o confinamento, que não vêem a família e os amigos mas lutam por todos. Esses não vão aparecer no Diário.

Sem ultrapassarmos o problema da saúde nunca teremos gente para trabalhar no momento certo.

Obrigado ao CM.