Arrepiou-me, esta manhã, ler que o GR vai poupar nos testes. Percebo que acha ter tudo controlado, como já disse o nosso presidente e só essa palavra arrepia-me por segunda vez.
Eu percebo que se ache que o encerramento do aeroporto e o facto de sermos uma ilha, que nos dá garantias, apesar de forma empírica, de que cortamos os focos de contágio possíveis porque o vírus é "estrangeiro". Ainda assim, temos a extensa faixa etária dos idosos que são mais vulneráveis ao Covid-19 e ainda ninguém está de acordo sobre o tempo de incubação que pode ir aos 28 dias, paralelamente aos casos dos assintomáticos.
Não testamos todos aqueles que entraram ultimamente na região, usa-se uma quarentena de tempo reduzido como despiste, pensando que o momento zero da infecção começa a contar com a chegada à região e que da região nada há a temer. Por isso temos tido algumas surpresas nos que chegam depois da permanência no hotel da quarentena.
Em minha opinião, a única forma de ter certezas é testando, até porque eles próprios são falíveis e são necessários dois testes para ter um mínimo de certeza. Um dos segredos do sucesso da Alemanha foi testar e nós que estamos desejosos por reiniciar actividade temos um dilema, quando o vírus se propagava fechamos "fronteiras" e agora, ele nunca estará extinto e para abrir "actividade", inclusive com a abertura gradual do aeroporto, precisamos de nos acostumar a outra maneira de actuar e o exemplo é a Alemanha que testa massivamente.
Não sei se para poupar por razões financeiras ou dificuldade em obter os testes, seja qual for a razão, não nos estamos a adaptar para encarar o vírus de frente, nós só andamos a fugir e teremos que arriscar antes haver vacina ou medicamento capaz de tratar de forma eficiente. Na minha opinião, se não mudarmos a estratégia podemos ter surpresas ou então andaremos sempre a fugir e a economia a definhar.
(CM: ler esta notícia)
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