Bom dia, venho fazer uma denuncia, um caso à margem da lei parecido com os da hotelaria e da construção civil, neste caso na Via Expresso da Madeira.
A equipa de patrulhamento da Via Expresso, que monitoriza constantemente as estradas da concessão Via Expresso, foi reduzida quando a firma Tecnovia Madeira mandou vários funcionários para casa em regime de layoff. Se passar 100 carros ou 1000 na via o trabalho é exactamente o mesmo, se houver mais incidentes aumenta um bocadinho. O problema é que os que ficaram a trabalhar, estão a trabalhar 9 horas por 7 dias na semana seguidos, após o qual vem um dia de folga.
Como devem perceber, isto não está certo nem tem porquê de existir, é uma gestão manhosa que cabe ao leitor deduzir ... A concessão receberá o mesmo valor do Governo Regional pela exploração da rede mas se colocar gente em layoff fica mais dinheiro em caixa. É um abuso ao erário público, um aproveitamento, mas também uma afronta aos funcionários que são usados para o jogo do subsídio. Os funcionários que estão em layoff em casa são necessários ao serviço.
Com isto, os que estão ao serviço trabalham muito mais, é uma carga de trabalho semanal pesada, que os deixa mais expostos a contactos exteriores do que outros e menos tempo no seio familiar. Mas o jogo não termina aqui. A firma de construção Tecnovia Madeira obrigou, a quem está em layoff, a entrar de férias "obrigadas", sem consentimento dos funcionários. Ninguém está satisfeito com a situação mas infelizmente têm que andar calados. A chefia podia dividir o trabalho por todos, como tinha sido até antes do vírus. Se todos trabalharem 5 dias seguidos ao invés dos 7, dando 2 dias de folga, ninguém era obrigado a estar de ferias sem consentimento próprio. Portanto, 2 proveitos no mesmo saco, têm menos uma despesa com a Segurança Social a pagar o vencimento através do Layoff e garantem que, no mesmo tempo, os funcionários consomem o seu direito a férias no confinamento obrigatório durante o Estado de Emergência.
Fica a pergunta: então as equipas de patrulhamento garantem a segurança e acodem a avarias e acidentes na Via expresso, e a firma Tecnovia Madeira deixa os oficiais de patrulhamento fazerem 7 dias consecutivos de andamento nos veículos que, só quem sabe, é stressante.
Não vale a pena fazer represálias sobre funcionários, ainda há humanidade e um par de olhos na cara de noutras pessoas que vêem que estão escravizar funcionários e a abusar, sem necessidade, do layoff. O poder faz disto ...
Enviado por Denúncia Anónima
Terça-feira, 21 de Abril 2020 13:39
