A importância da liderança


Bom, um bom líder é importante para o sucesso de uma organização, isso todos sabem. Mas não é disso que quero falar. Eu quero falar da importância da existência desse líder.

Imaginemos uma grande massa de contestatários a um regime. Enquanto não houver uma liderança, alguém que organize os esforços dessa massa, pouco ou nada vai ser conseguido.

A analogia que se pode fazer é a seguinte: se um grupo de trinta soldados perseguir um grupo de mil caçadores perderá de certeza. Mas o mesmo grupo de trinta soldados (com algumas baixas) irá vencer mil caçadores individuais, desde que persiga um de cada vez.

O PSD-M não deixa que exista um líder da Oposição; não deixa que um individuo de mérito que seja anti-corrupção vingue num partido da Oposição. Alguém vai-me dizer que Cafõfo não é um Renovadinho de Coração? Alguém vai dizer que Cafôfo é anti-corrupção e anti-espoliamento da população a favor dos DDT?

Sim, existiram políticos desses na Oposição... e todos foram "comidos" pelo seu próprio partido. Num outro blog até foi contada a história partidária de um individuo com essas características.

Agora, tal como as tramoias executadas no Governo Regional contra os competentes a favor dos corruptos passaram a ser feitas dentro do PSD-M, a guerra contra os que podem liderar uma Oposição interna (tal como Pedro Coelho) está a ser feita: vão desprestigiá-lo, desonrá-lo, injuriá-lo para que ele saia do partido. Com isso, os filiados descontentes do PSD-M, ou deixam o partido ou deixam de participar na actividade interna do partido. Seja como for, Albuquerque aumenta seu poder (relativo).

Saliento que nos concelhos onde as câmaras votaram em independentes ex-PSD, nas regionais - que é onde está o verdadeiro dinheiro - votaram PSD.

Agora, vamos ver se Pedro Coelho tem capacidade de perceber que o PSD-M é um partido rural em que ele provavelmente tem mais força do que Albuquerque. Albuquerque só dá tachos aos lanchas pelo que Pedro tem hipótese de os virar a seu favor, e aqui no Funchal, uma vez que os filiados são mais informados, a votação interna será:
  • votos pró-Albuquerque - quem tem tacho;
  • votos anti-Albuquerque - quem não tem tacho.
Uma vez que há mais tachistas do que tachos, Pedro tem boas hipóteses desde que não se desvincule do partido.

Enviado por Denúncia Anónima 
Domingo, 3 de Novembro de 2019 16:39
Textos e título enviados pelo autor. Ilustração CM.