Uma Crise gere-se. Uma Guerra vence-se.
Numa Crise segue-se as regras e cria-se regras. Numa Guerra só há uma regra: não há regras! Tudo é admissível.
Numa Crise decide-se pelo balanço de possíveis ganhos e perdas (análise custo-benefício). Numa Guerra decide-se pela possibilidade de vitória final; os custos para nada interessam; as condições de vida momentâneas para nada interessam; as leis para nada interessam.
Numa Crise, o processo de decisão inclui o futuro pós-Crise, pelo que não interessa gerir de modo a prejudicar imensamente o futuro. Numa Guerra, só interessa vencer, e vencer agora. O futuro para nada interessa, pois em caso de derrota, o vencido nada dele beneficiará. “Terra queimada” (para alimentar) para nada interessa. Dinheiro para nada interessa. Recursos gastos para nada interessam. Vidas perdidas para nada interessam.
Numa Crise procura-se essencialmente defender o sistema/realidade existente perante uma ameaça externa. Numa Guerra o objectivo é quebrar a Vontade de Combater do Inimigo; o objectivo é a submissão do Inimigo. Quando o Inimigo é um Vírus, só se o vence destruindo-o completamente ou tendo uma cura/vacina.
Costa gere a Crise do Covid.
Albuquerque deseja Guerrear o Covid.
Sinceramente, Albuquerque tem dado indicações que ouve a população (ao contrário de muitas outras situações em que assume a posição de “Quero, Posso e Mando” e de situações que envolvem DDT’s e interesses de compadres em que faz “ouvidos de mercador”), pelo que uma eventual posição do leitor sobre como se deve encarar o Covid será ouvida.
Se reparamos bem, algumas posições da Oposição enquadram-se nesta diferença de conceção Crise-ou-Guerra:
- críticas à xenofobia (que prejudicará o Turismo no futuro);
- críticas à legalidade da “quarentena” (que prejudica o relançar da economia);
- alertas para abusos dos empregadores (para que os trabalhadores mantenham os seus direitos e condições de vida adquiridas);
- alertas para a falta de recursos (para que todos tenham direito à Saúde).