Votar é um direito ou um dever?


Para muitos desiludidos da política, votar é a liberdade democrática de escolher os próprios ditadores. A maioria de nós não gosta de politicos porque os políticos são alegadamente mentirosos, aldrabões, e corruptos, e, por isso, votar para muitos cidadãos significa perder tempo a confiar em energúmenos que não merecem o mínimo de confiança.

Então e votar em alguém que depois de lá estar no poleiro não vai fazer nada do que disse e prometeu? Então vou votar num ladrão que depois de lá estar vai roubar-nos? Então vou votar num oportunista que só pensa no ordenado e nas benesses que vai usufruir? E nós? Continuamos na rua da amargura?

E se assim é, o melhor não é ficar em casa aconchegado debaixo dos lençóis?

Não, não é! Pensemos bem.

Se votar pode ser perder tempo, não votar é muito pior. Não votar pode contribuir para eleger alguém muito pior. Se votar é mau, então dar a liberdade aos outros para votar naqueles que lhes interessa é entregar o ouro ao bandido. Se ninguém votar, no limite será o próprio candidato a votar sozinho nele próprio e ser eleito com apenas um voto. É isto a democracia?

E quem não acredita em nenhum candidato deve votar em branco?

Em democracia, votar em branco é uma opção de voto, mas pelo método de Hondt beneficia sempre aquele que tem mais votos válidos, isto é, se a sua opção é votar em branco porque não acredita em nenhum candidato, o melhor mesmo é pensar melhor e desenhar uns macaquinhos no voto e torna-lo nulo porque é a única maneira de não contar para ninguém.


Se para uns a abstenção significa comodismo, para outros é uma forma de protesto. Seja por comodismo ou falta de motivação na verdade não votar é um erro, porque a abstenção contribui para o caos e para a entropia politica, isto é, alguém vai ser eleito e governar apenas porque ganhou com os votos de uma minoria.

No domingo levante-se da cama, tome o seu café, e vá votar. Votar é um direito e um dever!


“Um boletim de voto tem mais força que um tiro de espingarda”

Abraham Lincoln