Coronavírus para fracos leitores. Vá, leia para seu bem!


Os Coronavírus (CoV) pertence a uma família viral conhecida desde meados dos anos 60 e provoca infecções respiratórias, tanto em seres humanos como em animais. O(s) Coronavírus vivem em animais (aves, morcegos, pequenos mamíferos) e são transmissíveis ao ser humano. Não há evidências de que os animais de companhia, cães ou gatos, possam ser infectados com o Coronavírus.

A infecção assemelha-se a uma gripe comum, com manifestações respiratórias leves a moderadas de curta duração. Os sintomas (mais intensos do que a gripe) podem envolver coriza (inflamação da mucosa nasal, acompanhada eventualmente de espirros, secreção e obstrução nasal), tosse e dispneia, dor de garganta, febre, mal-estar geral. As estatísticas dos casos confirmados indicam que, dos infectados, 90% apresentaram febre, 80% tosse seca e 20% falta de ar. São os sintomas mais importantes.

A infecção pode evoluir para as vias respiratórias inferiores, causando pneumonia e bronquite, sendo mais comum em pessoas com doenças cardiopulmonares, com um sistema imunológico enfraquecido ou em idosos.

O período de incubação no ser humano vai de 12 a 14 dias e é transmissível durante toda a persistência dos sintomas. A forma de contágio é por simples contacto próximo com pessoas infectadas. A fonte de infecção ao primeiro humano foi um animal. Este novo vírus Coronavírus (2019-nCoV), foi detectado a 7 de janeiro último através de vários casos de doentes com pneumonia em vendedores e clientes do mercado de peixe, mariscos vivos e aves na cidade de Wuhan, província de Hubei. O Coronavírus é da mesma família do vírus da Síndrome Respiratória Aguda Grave (2002-2003) e da Síndrome Respiratória do Médio Oriente (2012), ambos conseguiram ultrapassar a barreira das espécies e chegar aos humanos.

Todos os indivíduos de todas as idades podem ser infectadas com o Coronavírus. No entanto, as pessoas mais velhas, ou indivíduos com problemas de saúde (como asma, diabetes, problemas cardíacos) estão, aparentemente, mais vulneráveis, pelo que, no caso de serem infectadas podem ficar gravemente doentes.

Como se pode prevenir? Atendendo que todavia não há vacina tudo passa por se prevenir e evitar a exposição ao vírus atendendo os locais que frequenta ou viaja. Por esta razão existe limitações de viagens para determinados destinos, em particular na China. Respeite as atitudes e costumes de higiene que sempre deve ter mas em particular em momentos de surtos de infecção:
  • Precaução/ restrição social
  • Lavar frequentemente as mãos com água e sabão
  • Adoptar medidas de etiqueta respiratória - tapar o nariz e boca quando espirrar ou tossir (com lenço de papel ou com o braço, nunca com as mãos)
  • Deitar o lenço de papel no lixo
  • Lavar as mãos logo de seguida
  • Utilizar máscara cirúrgica, se a sua condição clínica o permitir
Se tem mesmo que viajar para uma área declarada com o Coronavírus deve ler os conselhos das autoridades locais que especificarão melhor, dando achegas às atitudes comuns. Esteja informado sobre a localização dos doentes com infecções respiratórias agudas. Para além de lavar com frequência as mãos aplique gel alcoólico, especialmente após contacto com uma pessoa infectada ou partilha do seu espaço. Evitar o consumo de produtos de origem animal, crus ou mal cozinhados.

Não se auto-medique peça logo auxílio médico. Os antibióticos não são adequados para infecções virais tal como os antivirais adequados às pneumonias com origem no vírus da gripe não servem para o tratamento do Coronavírus. Actualmente, os doentes estão a ser tratados com medidas de suporte, que apenas tratam os sintomas da doença, como febre ou dificuldade respiratória. Não há ainda um medicamento específico para este novo Coronavírus. Por esta razão, mais uma vez, resta-lhe a prevenção.

É muito frequente perguntarem se uma encomenda ou carta vinda da China pode nos infectar. Digamos que todos os locais infectados e não só a China. É seguro. Quem recebe encomendas da China ou de outros locais infectados não estão em risco de contrair o Coronavírus porque o suporte não permite que sobreviva por muito tempo, em objetos ou cartas, apesar de, em locais muito expostos, poderem perdurar 14 dias no máximo em condições especiais.