Junçal dos Jagunços


Tapar o sol com a peneira:

Pedra, pedra, britadeira,
lava, lava com a ribeira,
rola, rola pra peneira,
pronta, pronta é rotineira.

Quenquém-mineira amealha décadas inteiras,
melhor do que plantar bananeiras.
Assim se enriquece na Mamadeira
... e paga a conta a faxineira.

O video é do dia 17 de fevereiro deste ano, pelas 19:16, na foz da Ribeira do Junçal no Porto da Cruz depois da empresa de 3 letrinhas apenas escrever a palavra mãe ... de todos os problemas.


Nunca vamos reter, a terra irá sempre parar ao mar através das autoestradas de terra, que nem são batidas mas, sempre limpas de pedra. Estamos a perder terra arável e curiosamente a ficar em pedra. Esta exploração nunca mais acaba, a laboração e modus operandi, é de décadas e de forma intensiva. E a natureza fazendo o seu trabalho participa inocentemente na estratégia de alguns. Se os cursos de água mantivessem o trabalho da natureza os humanos não gastavam dinheiro.

Como as pedras são propriedade de todos, elas devem ser deslocadas se houver desassoreamento a realizar mas não para ser matéria prima de borla para grandes enriquecimentos na Região, tanto de empresários como de autarcas ou elementos do GR. Tenham paciência, o que parece é em política e neste caso também. A intenção é boa para tapar o triste fim ... levar pedras. Sempre se podem defender que foi à revelia. Quer queiram, quer não, as pedras matam a impetuosidade das águas em vez de acelerá-las com inertes, sobretudo terra. Assim começa o processo de novo com a pedra "fresca" que fica à vista.

Com se vê no vídeo, a pedra basáltica é diamante ou ouro porque é tratada com carinho para ser levada. É uma riqueza bruta viabilizada pelo dinheiro público que paga o que é seu depois de ligeiramente transformado. Paga para desassorear quando leva a pedra e depois paga o betão. Rico negócio de pescadinha de rabo na boca, e como leva a pedra mais necessidades surgem, ciclo, após ciclo.

Há vereadores "sócios" de "prlesidentes" da junta que são uns inocentes que nem sabem que a ribeira é mina a céu aberto mas, não tão disfarçadamente, tanto que se perguntar à vizinhança quantos camiões podem ter saído dali, ao fim de muito tempo, todos falam de milhares ... "perdi a conta, é a toda a hora, 3000?! ... sei lá". Aqui participa outra famosa de 8 letrinhas apenas que nem pia com a pedra às "costas". Nos faróis deveriam levar um decalque do símbolo do Euro para quando acenderem as luzes ficar marcado por toda a estrada o vil metal ...


Este negócio parece as barracas da poncha, geladarias, snack-bares, cabeleireiros ... enquanto dá, todos fazem a mesma coisa e brigam pela posição ... era de fazer posse administrativa como no Natal para a avareza ser só de alguns.

Sabemos que o 20 de fevereiro colocou a Lei de Meios ao serviço desta gente do betão porque há quem tenha sentido na pele a tragédia mas ao fim de 10 anos ainda não foi ajudada ou "resolvida", tal como a ribeira de João Gomes. Essa que carece de limpeza ... ninguém limpa, dá nas vistas, bom é pela Madeira dentro.

Nunca a solução é a recuperação do coberto vegetal ou a devolução do espaço natural da ribeira. A solução é sempre betão, confinamento e mais erros para futuras tragédias. As pedras desaparecem sob justificação da segurança, ao mesmo nível dos argumentos usados para a Lei de Meios. Tudo é "legal" ... as pessoas é que vêem coisas. Somos atrasados mentais até mais um rico ou mais um desastre.

Enviado por Denúncia Anónima
Segunda-feira, 24 de Fevereiro 2020 10:53
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