Os abutres dos supermercados!


Estamos a meio de uma Pandemia grave e nenhum de nós sabe o que vai ser o dia de amanhã. Com o COVID-19 veio o medo, o desemprego e a falência previsível de muitas pequenas e médias empresas. O Governo, e muito bem, entre outras medidas, avança com o Lay-Off protegendo as empresas e garantindo o emprego dos mais desfavorecidos por mais precário que seja.

O problema é que, mesmo com todas estas medidas, espera-se depois do COVID o colapso da economia e o aparecimento de casos de fome e miséria. Se tudo isto, sem exceção, é dramático para todos, a rir-se do COVID parecem estar os Supermercados.

Quem fez compras ultimamente já reparou que alguns supermercados estão a utilizar artimanhas dignas de países de terceiro mundo. O Supermercado CONTINENTE é um verdadeiro escândalo. No CONTINENTE diversos produtos subiram de preço sem qualquer justificação. Este Supermercado está a utilizar truques de especulação.

São diversos os exemplos do escândalo cirúrgico dos aumentos de preços. Por exemplo, o pão de Rio Maior custava 90 cêntimos num dia, no dia seguinte 1.10€, e dois dias depois 1.20€. Duzentos gramas de Bacon custavam 1.90€ agora custam 5 euros! 500% de aumento? Os porcos estão a comer Fillet Mignon em vez de bolotas?

E existem muitos mais exemplos desta prática, como por exemplo, uma cuvete de 500gr de corações de galinha custava cerca de 1.6€ e agora custa 2.62€, ou seja, quase a 6 euros ao quilo. Um simples pacote de esparguete custava 0.60 e agora 0.90, isto é, um aumento de 50%!

Estes truques malabaristas de pequenas alterações nos preços em coisas pequenas passam despercebidos à maioria da população e resulta no acréscimo de quase 100% no custo total mensal de uma família. Quem gastava 200 euros em compras passou a gastar quase 400 euros!

E já agora até apetece perguntar o que é feito do desconto em cartão?

Meus senhores estamos em Estado de Emergência, e o Estado Português não se iliba de culpas em não atuar precocemente fixando os preços dos Bens Essenciais em função dos preços praticados pelos fornecedores.

Cabe à ASAE, e no caso da Madeira à ARAE, intervir duramente e impedir a especulação de preços que se pratica atualmente na Madeira autuando os prevaricadores. O COVID não pode justificar tudo!

A revoltar-se na campa deve estar o Belmiro de Azevedo que, se fosse vivo, não permitiria uma selvajaria destas nos seus supermercados.

Tenham vergonha na cara!

Enviado por Denúncia Anónima
Domingo, 5 de Abril 2020 11:01
Texto e título enviados pelo autor. Ilustração CM.