As Capelinhas do SRS


Nesta época natalícia, e agora com um governo alaranjado com pintas azuis, veremos como na saúde, o SRS/RAM, e a sua catedral de “Notre-Sesaram”, irão se comportar.

Como funciona, há muitos anos, a catedral, SESARAM, apenas ao serviço, dos seus “Bispos-Dr.s”, funcionários públicos, em “part-time”, com dedicação exclusiva, às suas capelinhas-consultórios, fazendo do serviço publico, da catedral, apenas uma extensão, que serve os seus crentes da capelinha: os conflitos de interesses, a promiscuidade às claras e sem qualquer vergonha na cara.

A bem deste relacionamento, nada como, infectar os relacionamentos, nada como, fazer gato-sapato, dos que realmente abraçam, a exclusividade; e outros, que não se livrando, têm de fazer urgência, e prevenção, com obrigatória presença, física. Assistimos à nomeação de novo Cónego, devidamente empurrada, por colega, os tais que se alimentam, da panelinha privada, sem contudo, terem que dar a cara, pela Catedral.

A bem da manutenção do “caos”, bem ordenado e controlado, as listas de espera, as altas problemáticas e a carência de quadros é para se manter, já que na privada dependem de uma serie de investimentos, aos quais a catedral, é obrigada a recorrer, os atalaias, as dilectas, e outras associadas, assim como todas as outras que salvam os cristãos doentes e a eles lhes fazem os exames, as analises, e as cirurgias que a catedral, (só) não tem capacidade instalada graças ao caos implantado, para satisfazer os seus seguidores, cumpridores contribuintes que assim contribuem e financiam uma privada, na saúde, dos mesmos que controlam a catedral pela manhã; e pela tarde, os acolhem, nos seus confessionários das suas capelinhas.

O programa de recuperação de listas, os contractos, com uma privada, para se institucionalizar os velhinhos abandonados, as comparticipações de exames e muitas outras “benzeduras”, que tornam sustentáveis investimentos de privados na saúde e sem o recurso “ao caos” da catedral, seriam impossíveis de realizar; portanto, o caos deve ser alimentado.

Das listas de espera e do tal programa de recuperação, é anedótico constatar utentes que caem, não da lista pública mas da “lista da capelinha”, os tais clientes do consultório: que taxas terão de pagar para furar o sistema? Não sabemos, já que nos registos da catedral, não se verifica um seguimento de tais fieis, em consultas, mas eles lá aparecem, caem do céu e, quando depois de servidos, voltam à capelinha para o devido seguimento e eventual agradecimento, ao mesmo Sr. Bispo, na catedral de manhã e clérigo dedicado à sua capelinha, na cidade; portanto o fiel, está bem protegido, com salvo-conduto assegurado.

As indicações são claras, “este tem crente, tem alta, e vai à minha capelinha”, só vem à catedral, se a água benta for do foro oncológico ou muito dispendiosa, assim, como se algo correr mal, volta à catedral, para ser atendido e servido, como contribuinte, que merece. O que não merece é furar a lista, onde outros, que não podendo ir à capelinha pagar tributo e dizimo, aguardam pacientemente, e alguns eternamente, já na eternidade.

Da ética e da deontologia fazem, tábua-rasa, aqui o que interessa é o mercado, mercantilizar, mercar e fazer “carcamanjo”.

Viva a RAM azul e alaranjada.

Enviado por Denúncia Anónima 
Segunda-feira, 09 de Dezembro de 2019 17:52
Título e texto enviados pelo autor. Ilustração CM.