As malhinhas no rabo


Sou reformado e leitor do CM,

Sou de um tempo onde crianças com birras, ou mal educadas, apanhavam uma "malhinha" no rabo para acordar daquele "mantra" egoísta que absorvia tudo em casa ou até na rua. Os tempos são outros de facto, com coisas melhores e piores. Uma das piores são as novas teorias de como ensinar e como castigar, eu não estou a ver gente mais preparadas a sair das famílias e das escolas. O que vejo são professores estoirados a ir dando milésimas de ponto para chegar às positivas e suas excelências, protegidos de tudo, na vadiação. Vejo famílias que entregaram os filhos à libertinagem do quero, mando e posso, se preciso for com jogos emocionais e represálias, para atingir aos seus objectivos, novamente egoístas. Eles já estão no poder, para exemplo destes "sem nada na cabeça" anarem a replicar tontices.

Com a minha idade, posso estar a dizer coisas de velho, só vejo gente mal formada, as bestas a ganhar ao mérito, a música é ruído, o gajo bom é o que acorda toda gente com o escape livre, os elogios são para quem dá coices na bola ou está feito com o poder e até se inventam tretas para ver se chegam ao céu como pessoas que não são.

Mas depois acontece o Covid-19, no início foi o histerismo, a xenofobia com todos os maus instintos de falta de formação ... como o egoísmo. Os políticos sabendo que não investiram na Saúde Pública (por isso vão a Lisboa) lançaram temas fracturantes para entreter as pessoas, surgiu a manipulação política, etc. E até teatro de má qualidade.

Este momento define muita coisa. A exigência mata mais do que o vírus. Vemos a importância e real valor das pessoas, toneladas de tachistas inúteis estão em casa e não se nota a sua falta, liga-se para o centro de saúde, atendem, anotam os medicamentos e vão passar a receita. A crise trouxe a simplificação de processos e mostrou que a nossa vida só é um inferno porque o poder tem que criar burocracia para entreter os tachistas mas, eles não são necessários. Até o Governo poderia ser mais curto e haver menos deputados. Não se está a ver?

O meu entretenimento por estes dias é ver as Conferências de Imprensa como tentam evitar a má imagem pública dos nossos Governantes. Queriam usar a crise para melhorar os seus registos, mas como não há plena sinceridade e só se vê "(en)rolamentos de esfera" (Secretário da Saúde) andamos com um pé atrás. A quantidade de palavras que debitam para se acreditar significa falta de credibilidade e aquelas perguntas à medida para o Governante brilhar não passam.

Estou numa idade em que há coisas que me afectam mais do que aos novos, por exemplo, ver como em Itália e Espanha a situação é tal que já têm que decidir quem vive e quem morre. Se todos poderiam acompanhar aquela tal "curva" ou pico para actuar, não se entende. Qual a responsabilidade criminal dos Governantes? E por aqui chegamos à Madeira, andam a construir uma narrativa para que caso a Madeira não consiga conter o Covid-19 haver culpas para todos menos para os Governantes que não investiram na Saúde Pública, os mesmos que facilitam aos ladrões da Madeira que mesmo em quarentena roubam. Os felizardos, beneficiários e excepções de toda a comunidade porque nasceram para ser espertalhões e enriquecer com os pés em cima dos pobres desta terra.

Só me faltam dois pormenores, espero que aguentem, porque hoje em dia também não gostam de ler, andam só com o dedo em zapping a tudo, até nas pessoas. O valor da vida com estes egoístas vai ser cada vez menor. Só rico vai ser gente, por isso acorde.

Os Profissionais de Saúde vêem a crescer o número de indivíduos em quarentena, porquê? A denúncia que lemos no CM, só pode ter saído do hospital, tem razão? Não havia material, consumíveis para se protegerem e agora está a aparecer o resultado? Só depois se mexeram aflitos. As Conferências de Imprensa são um show onde nada se diz claramente, parece um regime comunista que torna tudo segredo de estado mas, há excepções, gosto da rapariga de óculinhos. Não precisamos de verborreia nem salamalecos, só profissionalismo

Por último, o indivíduo que recortei na notícia, é sempre excessivo, egoísta e traz sempre uma na manga, como dizem os antigos, não mete prego sem estopa. Esta oferta, com o lamento de não poder dar mais, é o reconhecimento, ainda ávaro, de que meteu o pé na poça e quer se branquear. Todo produtor de cervejas pode produzir álcool, tem condições para se adaptar. É positivo que o faça, tiro o chapéu mas não volte ao mesmo!

E todas estas exposições não seriam possíveis sem este lugar chamado CM, que ninguém sabe o que é mas que vemos a dar "malhinhas" nos lugares certos a ver se esta gente se emenda.


Enviado por Denúncia Anónima
Segunda-feira, 23 de Março 2020 10:23
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