Se já era complicado conseguir um posto de trabalho antes da pandemia da Covid 19, agora a situação piorou dramaticamente e as esperanças estão começar a morrer para muitas pessoas.
A Madeira, antes do surto da Covid 19, tinha cerca de 15 mil pessoas em situação no desemprego, número que vai subir em flecha nos próximos tempos e fará com que a pobreza e os casos de exclusão social aumentem exponencialmente.
Outro ponto a reter é que a maioria destes 15 mil desempregados já não estão a receber quaisquer subsídios de desemprego, razão pela qual o governo regional tem que estar atento criando medidas que apoiem esta faixa da população desprotegida.
Outro lado negro da história, como já foi referido, é o facto da Covid 19 lançar milhares de novas pessoas no desemprego, sendo que em muitas situações ambos os membros do agregado familiar irão ficar sem trabalho.
Mas esta situação nova tem o seu lado pedagógico. Muitos dos futuros desempregados iam/vão para as redes sociais e para conversas de café criticar as pessoas desempregadas referindo à boca cheia: “Alguns desempregadas são uns vagabundos e não querem trabalhar. Vão para a tasca à espera de receber o subsídio no fim do mês”.
Outras fugiam dos desempregados com se eles tivessem peste, como se “a doença do desemprego” fosse contagiosa ... Gente ignorante e má língua, mas ninguém pode cuspir para o ar!
Meus amigos, volto a alertar que o cenário pós Covid 19 será dos mais negros a nível económico e social . Não pensem que será fácil a retoma económica.
A Madeira, à semelhança de outros locais do mundo, ficará com um taxa de desemprego muito alta e com níveis de pobreza e exclusão social elevados, situação que até fará aumentar a insegurança e fomentar a escravatura.
Não basta o vice presidente Calado anunciar medidas para salvar as empresas e proteger os empregos. Volto a insistir que a situação dos atuais desempregados também tem que ser salvaguardada, sob pena de muitos terem que ir para à fila da “Sopa do Cardoso”.
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Segunda-feira, 30 de Março 2020 15:08
