Foi declarado o Estado de Emergência. O momento é dramático, nefasto e letal e se calhar daqui a alguns meses estamos simplesmente a enterrar os mortos e a cuidar dos vivos.
Durante algumas semanas a política populista tomou conta do dia-a-dia dos madeirenses. A ordem foi fechar o Porto e o Aeroporto e a medida assumiu contornos de pânico. Nunca o Miguel Albuquerque teve tanto eleitor do seu lado e se convocasse eleições ganharia de certeza com maioria absoluta e reduziria o CDS à sua insignificância.
O medo de morrer tomou conta dos madeirenses e fechar o aeroporto era a medida que nos salvaria do tal vírus maléfico e por isso ninguém questionou porque é que Miguel Albuquerque não o fez duas semanas antes. Será só porque ainda havia gente importante fora da ilha que precisava de regressar?
O vírus não infecta os importantes? E será que todos eles fizeram quarentena?
Mas a pior notícia veio depois, afinal a tal medida radical do Aeroporto não iria servir de nada, o vírus já cá estava! E em poucas horas, o medo converteu-se em xenofobia!
O facto de estarmos em Estado de Emergência não nos tira a clarividência, por isso sejamos realistas e honestos. Com a pandemia os seis mil milhões da dívida passou para um segundo plano, e naqueles espíritos de políticos de terceiro mundo já se pensa no dinheiro que vai vir. Vai? É melhor esperar sentado!
Sinceramente o Sr. Secretário da Economia não tem a competência necessária para enfrentar o caos económico empresarial e as crises de desemprego que virão a seguir, e a Madeira vai passar por tempos terríveis. O dinheiro que houver vai ser para comer, e todos os investimentos do Governo Regional vão ser necessariamente adiados. E no pior dos cenários, não me admirava nada que o Estado Português, durante os próximos, anos passasse a controlar as finanças regionais.
Já é claro que a justificação para o colapso vai ser sempre a pandemia e o Vírus e se estivermos vivos as próximas eleições vão ser extremamente manipuladas pelo medo de uma nova pandemia.
O bom do Estado de Emergência é que quem manda agora na Madeira é o Estado Português, pois no limite, o Exército Português e as forças de segurança como a PSP e a GNR estão sob a sua alçada.
Viva Portugal! Viva a Madeira!