A humanidade desaparece com a fraqueza dos outros

Tanque à frente da porta e janela de casa
Queria denunciar o seguinte, no sítio do Janeiro, em Santa Cruz, mora uma senhora paraplégica onde a sua pouca distracção do dia, na sua condição física, é ver o mar, os aviões e os navios a passar. É a sua pequena alegria de se sentir viva neste mundo e vale muito. Nunca se sabe o que significa a fortuna para cada um, depende do que se valoriza, neste caso é ter uma vista para o mundo e não se sentir desprezada num buraco.

A sua rotina foi quebrada sem qualquer respeito, num claro "quero, mando e posso", que vai fazendo escola na Madeira e que não respeita nada nem ninguém. Um tanque de água foi montado exactamente à frente da sua porta como as imagens documentam. Agora retirem as Vossas conclusões.

Todos sabem mas quero relembrar que ser paraplégico é ter uma lesão medular e que na prática se revela na perda de controle e sensibilidade dos membros inferiores, impossibilitando o andar e dificultando a permanência em estar sentado. A humilde casa, de porta aberta, tinha vista para o mar e para a vida a partir da sua cama. Era mais do que a companhia da TV.

Agora que entramos na folia do Natal, de paz, amor e harmonia, sinto um imenso cinismo em muitos. Vivem para o "eu" e esquecem o espaço natural dos outros. Se eles estão felizes, os outros só podem estar também mas, há muita gente que sofre calada porque não respeitam a sua condição humana.

Outra perspectiva do tanque à frente da casa

O que se vê da porta e janela
Enviado por Denúncia Anónima 
Domingo, 01 de Dezembro de 2019 19:25
Todos os elementos enviados pelo autor.