Os ratos


Bom dia aos leitores do CM,

vi no vosso site uma pessoa que diz para não dar dinheiro ao futebol tal como não dão à Saúde, sou adepto de um clube e acho que as proporções são bem diferente no que respeita ao financiamento, mas percebo e até concordo. Fomos mal acostumados na dimensão do nosso futebol, não temos economia nem poder de compra para aguentar tantos clubes profissionais.

Quem é intelectualmente livre e não fanático sabe que há supérfluos perante outras necessidades maiores e é aqui que perco como justificar dinheiro para o futebol. Isto é uma pescadinha de rabo na boca. Sem dúvida que o futebol profissional é um elixir e um escape, o GR desde sempre usa formas das pessoas se manterem ocupadas e a discutir outras coisas que não seja a realidade regional ou de como somos governados. É preciso não atingir as modalidades amadoras com a fixação no futebol profissional mas também é preciso que os clubes não façam como as casas do povo para se porem a jeito de receber dinheiro do Governo que depois vão para outras coisas.

A nossa sociedade é desequilibrada, muita gente marginalizada e não serão os poucos ricos que vão nivelar isto para se justificar tanto clube profissional à sombra do erário público. É que podem dizer que entregam dinheiro ao fisco mas mal falta uma tranche do GR, os clubes começam a ameaçar e que estão mal, em que ficamos? Pois é!

A capa do Diário de Notícias de hoje, para quem relaciona assuntos, vê uma CMF que não tem dinheiro para arranjar equipamentos, espaços e carros da salubridade mas tem para alguns eventos duvidosos, podíamos discutir se isto não é mais ou menos como o GR e o futebol. Mas, logo em baixo vem o tachismo e assim de pacote, os dois ao mesmo tempo, começamos a pensar que o orçamento da câmara não foi aprovado e que uma parte tinha importantes valores para a área da salubridade.

A limpeza e o asseio são essenciais para a Saúde Pública e para o Turismo. Tenho visto rataria a mais nas ribeiras e já há tempos li isso aqui. Com a intervenção na ribeira abaixo do Bazar do Povo as máquinas afugentaram os ratos da ribeira para a cidade e eu, que tenho um estabelecimento próximo, vi a relação causa-efeito. Acho que está tudo errado. A intervenção deve ser no início do Outono e não agora, bem sei que não chove mas lá vem o dia. Mas se não chove, mais ainda não se deve demorar em limpezas porque a rataria multiplica-se se não vem água para matá-los.

Os ratos engordam e procriam, sejam no Governo ou nas ribeiras, é preciso intervir na hora certa senão as pragas descontrolam-se, acho que as duas estão descontroladas e agora para tirar a mama a uns e repor o essencial a outros vamos ter discussões surdas de cada um a olhar para o umbigo. A rataria já faz exigências neste ambiente.

Enviado por Denúncia Anónima 
Segunda-feira, 09 de Dezembro de 2019 11:48
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