A corda da coligação está a desfiar


Lopes da Fonseca "baldou-se" ontem da Comissão de Economia e Turismo, aprazada para as 17 horas mas, dizem que vai justificar. O problema é que o mal está feito, a votação acabou empatada 4-4, não foi aprovada a vontade do PSD-M, apesar da dedicação de Carlos Rodrigues que ficou mais "piurso" do que o habitual. Os gabarolas que gostam de falar dos 3-0 vão percebendo que a corda da coligação está a desfiar, uma coisa é contar com os seus outra é contar com o CDS.

O problema é este, o CDS é um partido minúsculo e sem votos, a nível nacional e regional e até os seus próprios militantes percebem que deram um grande tiro nos pés ao juntar-se ao PSD-M em coligação. Não gostam das bocas que estão a receber e de estar a herdar com 40 de podridão. A isto, junta-se a ambição desmedida dos próprios centristas, querem demasiado para o seu "tamanho". É desta ambição, alimentada pelo tachismo, que nasce a ebulição no CDS com demissões e "amuanços", uns conseguiram e outros não. A Saúde não é caso único, entre outros nomes menos "populares" e o caso Lino Abreu, que ainda vai dar que falar, porque o homem esteve a trabalhar na Horários do Funchal e saiu de fininho passando por vergonha e vexame ... públicos.

O ambiente é de "agora ou nunca", ou se agarra um tacho (de preferência com vinculo definitivo) ou depois é o fim do CDS ... sem mais esperança. Os mais antigos dos centristas sentem-se na mesma posição dos antigos do PSD ... vai cá um desvario completo! Outros, "que foram na conversa do Barreto" estão arrependidos. Estão cada vez mais presentes a dizer que a coligação deveria ter sido feita com o PS porque era caminho novo, sem tantos alçapões, corrupção, emboscadas e facadinhas nas costas. Teriam mais boa vontade de Lisboa, o que ajudaria ao sucesso, porque os Renovadinhos têm um tremendo fel com toda gente, estão possuídos e deslumbrados com o poder. Situação que os líderes do CDS também vivem.

Os pedidos de demissão no CDS sucedem-se, quem não tem tacho não encontra razão para se deixar ficar, não quer estar presente no colapso do partido. A guerra instalada e em surdina.

Enviado por Denúncia Anónima 
Sexta-feira, 17 de Janeiro 2020 16:37
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